Papa Francisco quebra o silêncio e expressa preocupação com a ‘situação crítica’ na Venezuela
“Tanta preocupação exprimo pela Venezuela, que está vivendo uma situação crítica. Faço um sincero apelo a todas as partes, para buscar a verdade e a exercer moderação”, disse Francisco. “Atuem com moderação, evitem qualquer tipo de violência, resolvam as controvérsias por meio do diálogo e tenham no coração o verdadeiro bem da população e não os interesses partidários.”
O pontífice, de 87 anos, discursou para uma multidão reunida na Praça de São Pedro, no Vaticano, depois da oração dominical do Angelus.
Muitos países requerem também a publicação das atas de votação. Adicionalmente, cinco países latino-americanos, juntamente com os Estados Unidos, já declararam publicamente Edmundo González Urrutia como o presidente eleito da Venezuela.
O Peru foi o primeiro a reconhecer a vitória do opositor, seguido por Estados Unidos, Uruguai, Equador, Costa Rica e Panamá.
Venezuela persegue manifestantes
Desde o anúncio do resultado, na segunda-feira 29, os protestos na Venezuela causaram pelo menos 11 mortes, de acordo com várias organizações de defesa dos direitos humanos.
O CNE anunciou a reeleição de Maduro após a votação. A instituição, presidida por Elvis Amoroso, um aliado de Maduro, declarou que o ditador ganhou 52% dos votos, enquanto González conseguiu 43%, com a contagem de 97% das urnas. No entanto, o conselho não divulgou os registros que poderiam confirmar a alegada vitória do ditador.
A oposição declarou ainda ter conseguido acesso a esses documentos, divulgando as atas em um site. Eles proclamaram González como vencedor com “67%” dos votos, após a contagem em “80%” das mesas de votação.
Uma projeção, realizada por pesquisadores brasileiros, baseada em atas coletadas por uma ONG venezuelana, produziu um resultado semelhante ao da oposição, com 66% dos votos para González, e 33% para Maduro. As informações são da Revista Oeste.
Fonte: https://www.contrafatos.com.br/papa-francisco-quebra-o-silencio-e-expressa-preocupacao-com-a-situacao-critica-na-venezuela/